Elbe Araújo é desses artistas que entrega-se à experimentação e à pesquisa. Transferindo das escolas de arte para a sua prática de criação o desafio metodológico de desenvolver a interação teoria e prática numa linguagem reconhecida como exercício de liberdade, ele sabe que não há outra forma de acesso à arte que não seja fluindo a sua experiência. Elbe revelou desde criança aptidão para as Artes Plásticas, ensaiava com retratos a lápis e aprimorando o traço seguia com desenhos a bico de pena e aquarelas. Incansavelmente como estrada já percorrida agora cria a sua criatura moldando e modelando o barro, e aparentemente cúmplice da pintura abstrata, cria formas em pinturas com colagens numa poética calcada na busca pelo conhecimento, moldada por inúmeros cursos de arte. Citando Paulo Sérgio Duarte que é uma grande referência no que diz respeito à arte brasileira, “A arte deve nos mobilizar, mostrar que somos incompletos, que falta alguma coisa”. 

Na fase atual de elaboração, Elbe constrói movimentos como uma conexão gestual, um caminho no qual os significados estão abertos e ainda em construções. Ali com elementos de apelo pictóricos e gráficos que só são percebidos à medida que se apascenta o olhar, um vigor de possibilidades faz-nos entrar na pintura, que à primeira vista nos remete a um híbrido: textura, tinta e argila. Depois do inquietante exercício, a pintura de Elbe revela-se como uma tsuname repleta de cor, atrás de uma textura ou de uma transparência identifica-se uma forma, e depois outra e outro como em ondas contínuas e fruídas.

Fonte: http://www.cultura.sc.gov.br/espacos/biblioteca?mod=pagina&id=12085 

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A sua técnica é a Cerâmica, Gravura, Xilogravura.