• João Otávio Neves Filho (Janga)

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Natural de Florianópolis em 1946. Pintor, Gravador, Desenhista e Crítico de Arte. Expõe seus trabalhos desde 1965. Já participou de exposições em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Artista convidado pela FUNARTE para participar do Projeto Verde em 1978. De 1982 a 1986 fio presidente da ACAP, onde desenvolveu intensa atividade em favor da contemporaneidade da Arte Catarinense. Desenvolve um trabalho de pesquisa baseado nas inscrições rupestres da Ilha de Santa Catarina, que se faz presente nas suas obras intituladas “Itacoatiaras”, para as quais utiliza materiais e pigmentos naturais, assim como símbolos primitivos. Detentor de vários prêmios, foi selecionado recentemente para pintar um grande painel no prédio da PROTUR em Florianópolis, para o qual utilizou seus conhecimentos oriundos desta pesquisa.

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Janga era artista plástico, crítico de arte e animador cultural. Cursou artes plásticas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, programação visual na Fundação Armando Álvares Penteado, xilogravura com Anna Carolina, litografia com Antonio Grosso e arte contemporânea com Romanita Disconzi.

Dirigiu a Acap (Associação Catarinense dos Artistas Plásticos) de 1982 a 1986. Desde 1985 estava à frente da Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas, espaço em Santo Antônio de Lisboa que reúne exposições de artistas de Santa Catarina e visa valorizar em todas as suas manifestações produzidas no Estado. Atuou no Conselho Estadual de Cultura por três mandatos e era também membro da ABCA-AICA (Associação Brasileira de Críticos de Arte) e integrou o Grupo Nossarte. Por quatro vezes foi júri no Salão Nacional Victor Meirelles.

Expôs nos principais centros culturais do país. Por seu trabalho à frente de associações como a Acap teve o reconhecimento do renomado crítico Harry Laus, o qual declarou que Janga desenvolveu um importante trabalho em prol da atualização da arte catarinense.

Com olhar apurado, analítico e vanguardista, Janga com frequência publicava críticas em jornal, inclusive no Noticias do Dia, e mantinha o blog C’a pá virada, onde se manifestava sobre exposições e a imobilidade de políticas culturais e ou a pouca atuação de espaços culturais.

Como curador, se destaca em várias frentes, desde a descoberta e incentivo a produção de artistas, como os naifs Neri Andrade e Valter Alves e a artista Maria Celeste Neves, ou o contemporâneo Rodrigo Cunha. Também foi curador de inúmeras exposições importantes, como a do Masc (Museu de Artes de Santa Catarina), de 60 anos, do pintor Sílvio Pléticos, e coletivas que reuniu nomes como Rubens Oestroem, Jandira Lorenz, Janga, Eli Heil, Antônio Rozik e Elias Andrade. Recentemente ainda fez os textos e críticas de apresentação da exposição “Arte Catarinense – Memória Preservada”, que reuniu cem anos de história na arte do Estado na galeria Helena Fretta neste ano.

Fonte: https://ndmais.com.br/diversao/morre-o-artista-curador-e-critico-de-arte-joao-otavio-neves-filho-o-janga-aos-72-anos/

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